sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Uma conversa sobre acessibilidade...

Segundo dados do IBGE (2000) no Brasil existem aproximadamente 24,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência e durante muito tempo essas pessoas eram consideradas incapazes de exercer qualquer tipo de atividade, principalmente as que exigiam locomoção. Com o passar dos anos as discussões começaram a surgir sobre o assunto e com o advento das tecnologias houve uma evolução, mesmo que tardia, sobre o entendimento de que essas pessoas podem e devem exercer atividades normais no seu dia-dia, desde que sejam criadas condições físicas para isso.
O primeiro entendimento começou a surgir a partir da década de 60 e atualmente houve um avanço muito grande nesse sentido, garantindo direitos básicos de locomoção a essas pessoas, com base no direito de ir e vir de todo cidadão, pois o passo inicial para as mudanças de ações sobre o tema da deficiência foi a conscientização da sociedade de que os portadores de deficiência física ou mental são cidadãos e têm os mesmos direitos de inclusão como qualquer outra pessoa considerada normal.
Com a criação de termos como acessibilidade, ajuda técnica e desenho universal criou-se várias possibilidades de fazer com que os espaços essenciais à qualidade de vida dos portadores de deficiência como a escola, o local de trabalho, a casa onde moram, as ruas, pudessem dispor de condições de deslocamento, garantindo que esses espaços se tornassem inclusivos, eliminando todo e qualquer tipo de barreiras para a acessibilidade.
A partir das discussões e do entendimento sobre as deficiências foi possível identificá-las através do Decreto 5296, da seguinte forma: deficiência física, mental, auditiva, visual e múltiplas. Fato esse que possibilitou as Tecnologias Assistivas identificar quais as técnicas e equipamentos que podem ser aplicados para cada situação a que se expõe um portador, facilitando seu desempenho.
Devemos ter evidentemente, consciência que as tecnologias assistivas somente poderão permitir a inclusão social das pessoas portadoras de deficiência se aplicadas corretamente, trazendo ao portador uma sensação de tranquilidade e conforto para que possa desenvolver com segurança e determinação atividades físicas e intelectuais propostas a ele. Para tanto não é suficiente apenas equipar e estruturar o espaço físico, é preciso juntamente trabalhar a conscientização das pessoas para que os portadores de deficiência possam se sentir bem acolhidos e não rejeitados ou incapazes. O diálogo e as discussões nesse sentido são fundamentais para que a inclusão ocorra plenamente.

“ Inclusão é uma consciência de comunidade, uma aceitação das diferenças e uma co-responsabilização para atender às necessidades de outros.”
Stainback e Stainback, 1990

Postado por Micheline Banhos
NTE Belém Profº Mário Thomaz

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