OPORTUNIDADES
Programa garante direito à educação a crianças e jovens hospitalizados
ALEXANDRA CAVALCANTE
Da Redação
Quando começou o tratamento para insuficiência renal, Cássia Brito, 20 anos, pensou que não voltaria mais a estudar na turma de primeiro ano do ensino médio. Na época, passava cerca de quatro horas por dia em uma máquina de hemodiálise, no Hospital Ophir Loyola, três vezes por semana. Essa rotina se seguiu por três anos, intercalada por internações, mas ela não precisou abandonar o sonho de ser biomédica. Com o apoio do Prosseguir, que leva professores para os hospitais, estudou e conquistou a vaga em Biomedicina de uma faculdade particular de Belém. "Só consegui por conta o projeto. Os professores sempre foram muito atenciosos", diz ela, recém-transplantada.
Assim como ocorreu com Cássia, há oito anos, o programa Classe Hospitalar, mais conhecido como Programa Prosseguir, parceria entre as secretarias de Educação (Seduc) e de Saúde (Sespa), já beneficiou cerca de 10 mil alunos/pacientes desde 2003. Este ano, 1.800 crianças e jovens são atendidos em sete hospitais da capital, por 43 pedagogos e professores.
O conteúdo programático do projeto é sincronizado com a escola de origem do aluno/paciente, que tem estrutura garantida para não perder o ano letivo. "No caso dos pacientes do interior, pedimos à escola que nos envie provas e trabalhos para que o aluno possa fazê-los aqui", explica a coordenadora das Classes Hospitalares, Denise Mota.
Fonte: O Liberal